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Queria eu ter palavras para todas as circunstância e todos os sentimentos.Elas me faltam algumas vezes, como agora.
Ouso "roubar" da escritora Ailin Aleixo tudo que gostaria de escrever , mas que o bloqueio criativo do instante, não permite.
"Depois de sofrer feito o cão por encarar tudo na base do oito ou oitenta, fiz um pacto comigo mesma: jamais levaria coisa alguma a ferro e fogo porque nada importa tanto. Absolutamente nada é imprescindível. Nem ninguém. Esse não é um discurso de auto-suficiência, pelo contrário, é uma reflexão de alguém que aprendeu na porrada (ou melhor, no choro) que só relativizando, tornando a existência e o coração mais leves, é que se pode ser feliz (....)
( ... ) Quando algo começar a te enlouquecer, enfernizar ou surtar, use a técnica dos grandes admiradores de arte: recue diante da tela, mude de ângulo em relação a ela, observe as cores, os traços e os detalhes que, no impulso , sempre passam despercebidos. Então notará que ela é muito mais do que aquele ponto preto que ficava, insistente, diante dos seus olhos.
Ser feliz, no final das contas, não é questão de sorte ou azar. É questão de perspectiva."
( Ailin Aleixo)